Aconteceu na última quinta-feira, dia 22 de fevereiro, na Paróquia Nossa Senhora da Abadia em Ribeirãozinho, uma formação voltada à coordenadores e membros de pastorais, grupos e movimentos e que teve como tema “Pastoral de Conjunto”, que é o esforço das pastorais, serviços e movimentos para trabalharem em união. A formação foi ministrada pelo Seminarista Rodolfo
Na sua fala, o seminarista falou da importância da evangelização: “A evangelização deve anunciar Jesus Cristo e neste anúncio querigmático, fazer com que, aquele que está recebendo a mensagem, encontre nela, a Mensagem de Jesus, a mensagem de um projeto de vida, um sentido da sua própria existência. A Pastoral de Conjunto entra como a síntese e ao mesmo tempo, a alma da ação pastoral da Igreja, nos ajudando e colocando em evidência aquilo que é unidade. A partir do momento que as Pastorais trabalham juntas e a partir de Jesus, buscam vivenciar uma realidade de unidade, todos nós vamos dar testemunho de que vale a pena crer em Jesus e mais do que isso, testemunhar a unidade que parte do próprio Cristo que é a cabeça da Igreja”, afirmou.
Sobre a Pastoral de Conjunto
A Pastoral de conjunto é um empenho para colocar em comum a riqueza de cada uma das realidades, a diversidade dos dons e carismas, em favor e benefício da mesma ação evangelizadora, ou seja, cada grupo ou movimento eclesial, com sua espiritualidade e objetivos específicos, coloca-se em sintonia com as metas que a Igreja como um todo deseja alcançar.
Sem esse desejo e comprometimento de caminhar juntos, a ação pastoral, embora bem-intencionada, arrisca se tornar uma ação personalista, individualista e autoritária. Uma pastoral, serviço ou movimento que não comunica aquilo que realiza e não faz projetos em comunhão com as outras realidades é uma ação que gira em torno de si mesma. Essas realidades correm o risco, e é bastante comum, de se tornarem propriedade de uma liderança, que não permite nenhum tipo de renovação e, às vezes, nem a entrada de novos membros. São ações cristalizadas, sem criatividade, repetitivas e que chegam a fazer oposição e boicote quando é proposta alguma mudança.
Vale lembrar que, já em 1966, a CNBB elaborou o primeiro “Plano de Pastoral de Conjunto” (1966-1970), que propunha seis linhas de trabalho, atualmente conhecidas como dimensões. Esse plano foi o embrião das atuais “Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora”. Servem para solidificar as bases de uma Igreja que testemunha a comunhão e ajuda a construir uma sociedade solidária, de forma orgânica. O objetivo da Pastoral de Conjunto não é padronizar as pastorais nem desfigurar a variedade dos dons, carismas e serviços presentes nas comunidades. A busca da unidade não abafa a criatividade nem a ação do Espírito Santo. Cada grupo ou movimento eclesial, com sua espiritualidade e objetivos específicos, coloca-se em sintonia com as metas que a Igreja, como um todo, deseja alcançar.
PASCOM