Dia Mundial dos Pobres: Papa diz que a oração dá sentido às ações solidárias

No dia 17 de novembro de 2024, a Igreja celebra o VIII Dia Mundial dos Pobres, um marco instituído pelo Papa Francisco em 2016, no encerramento do Ano da Misericórdia. Naquela ocasião, o Pontífice lançou o convite para que, em todos os anos, os fiéis se unam em oração e em ações concretas às pessoas em situação de rua e vulnerabilidade social.

Oração dos pobres e a esperança cristã

A mensagem de 2024 do Papa Francisco para o Dia Mundial dos Pobres destaca a importância da oração dos pobres, especialmente no contexto de um ano dedicado à oração, em preparação para o Jubileu Ordinário de 2025. Ele nos lembra que a oração do pobre é poderosa e chega diretamente ao coração de Deus, pois reflete uma relação genuína de humildade, confiança e necessidade.

“A esperança cristã inclui também a certeza de que a nossa oração chega à presença de Deus; não uma oração qualquer, mas a oração do pobre.”

O Pontífice usa o livro de Ben-Sirá como referência e enfatiza que Deus se “impacienta” perante o sofrimento dos pobres e age para fazer justiça, pois todas as pessoas, em essência, são pobres e necessitam da presença de Deus em suas vidas:

No seu caminho, descobre uma das realidades fundamentais da revelação, ou seja, o facto de os pobres terem um lugar privilegiado no coração de Deus, a tal ponto que, perante o seu sofrimento, Deus se “impacienta” enquanto não lhes faz justiça: «A oração do humilde penetrará as nuvens, e não se consolará, enquanto ela não chegar até Deus. 

O Papa ainda exorta todos os cristãos a serem instrumentos de libertação e promoção para os pobres, lembrando que a verdadeira caridade só é completa quando acompanhada pela oração, que fortalece e dá sentido às ações solidárias. Como o Papa Bento XVI disse, “sem a oração cotidiana, nosso fazer esvazia-se, perde a alma profunda”.

Ao final da mensagem, o Papa nos recorda:

“Em todas as circunstâncias, somos chamados a ser amigos dos pobres, seguindo os passos de Jesus, que foi o primeiro a solidarizar-se com os últimos”.

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