Padre Rodolfo Lukenbein Recebe Prêmio ‘Personalidade em Memorian’ Cândido Rondon pela Luta dos Direitos das Pessoas Idosas em Mato Grosso

Nesta quinta-feira, 31 de outubro, o Padre Rodolfo Lukenbein foi agraciado com o Prêmio ‘Personalidade em Memorian’ Cândido Rondon, uma honraria que reconhece cidadãos que se destacaram na defesa dos direitos das pessoas idosas no Estado de Mato Grosso. A premiação é uma iniciativa do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa, vinculado à Secretaria Estadual de Assistência Social e Cidadania.

 

O prêmio recebido pelo Padre Cristiano Dias que representou a Diocese de Barra do Garças na entrega, é um tributo à dedicação do Padre Rodolfo, que ao longo de sua vida, trabalhou incansavelmente para promover a inclusão e dignidade dos idosos em especial dos povos indígenas, buscando garantir que suas vozes fossem ouvidas e seus direitos respeitados. A cerimônia de entrega foi marcada por discursos emocionantes e reflexões sobre a importância de garantir um envelhecimento com qualidade e respeito.

 

Rodolfo Lunkenbein (1939-1976), alemão de nascimento, salesiano por opção e, com a graça de Deus, mártir em terras indígenas, foi, em duas estadias em épocas diferentes no Brasil, um missionário pré e pós-conciliar. Lunkenbein nasceu como filho de pequenos lavradores no dia 1º de abril de 1939, em Döringstadt, no sul da Alemanha. Quando jovem, descobriu uma biografia de Dom Bosco e aos 14 anos de idade, em 1953, foi aceito no aspirantado salesiano.

 

Em 1958, o inspetor salesiano do Mato Grosso trouxe de sua terra natal, a Alemanha, um grupo de jovens missionários e seminaristas ao Brasil, entre os quais Lunkenbein, que logo no ano seguinte fez seu noviciado em Pindamonhangaba (SP). Seguiram os estudos de filosofia e a formação salesiana em Campo Grande (1960/1962). Entre 1963 e 1965 foi destinado para a Missão Salesiana de Meruri/MT, onde fez seus anos práticos como professor e educador dando aulas para as crianças dos Bororo, dos fazendeiros e dos posseiros da região. Ainda encontrou tempo para mostrar suas habilidades para consertar motores e máquinas da missão, símbolos do progresso civilizatório e da missão desenvolvimentista. Ninguém falava ainda de demarcação da terra dos Bororo.

 

Em 15 de julho de 1976, Padre Rodolfo foi assassinado ao lado de Simão Bororo, indígena que acompanhou missionários em diversas atividades e era reconhecido por sua dedicação à comunidade.

 

A dedicação e o sacrifício de Padre Rodolfo e Simão Bororo continuam a inspirar e desafiar a Igreja a viver o evangelho com autenticidade e ardor missionário.

 

O evento contou com a presença de autoridades locais, representantes de organizações não governamentais e da comunidade, todos reunidos em apoio à causa e para celebrar as conquistas em defesa dos direitos da terceira idade.

 

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